O Arcebispo de La Prata, Dom Héctor Aguer, recordou aos sacerdotes que "a fidelidade é a permanente e segura custódia" da identidade sacerdotal.

Ao ordenar três novos sacerdotes para sua jurisdição, Dom Aguer recordou que "ser fiel é ser nós mesmos; a fidelidade é a permanente e segura custódia da própria identidade. A identidade do sacerdote é relacional, extática, o que tira de si refere ao Senhor, à Igreja, às almas. Não é sacerdote para si mesmo, mas para Cristo, para o povo de Deus, para o mundo necessitado de redenção".

Em sua homilia, refletiu sobre o tema "Identidade e fidelidade do sacerdote" e advertiu que "seria uma triste torcedura da psicologia sacerdotal que esse homem para outros (porque é isso por definição), acabe sendo sacerdote para si mesmo, reclamando consideração, afeto, honras, cuidados, fazendo-se dono do que não lhe pertence, preocupado mais por seu bem-estar e sua satisfação que pelo destino desastrado de um mundo necessitado de Deus e pelo crescimento da comunidade cristã".

Depois de recordar, citando Bento XVI, que "os presbíteros foram consagrados para servir, humilde e autorizadamente, o sacerdócio comum dos fiéis", sublinhou que "nisso consiste a altíssima dignidade do sacerdócio, que punha medo na alma do Santo Cura D’Ars e o movia a afirmar que depois de Deus, o sacerdote o é tudo; e que ele mesmo não se entenderá bem a não ser no céu. Só se entende bem no céu, e só os Santos antecipam na terra essa compreensão".

Dirigindo-se aos novos sacerdotes, explicou que "estão destinados a ser para o mundo o amanhecer do amor de Deus, uma chama ardente, a esperança da vida eterna. Parece uma exigência desmedida? Em realidade, é a natureza do ser sacerdotal, um pouco certamente desmesurado em comparação a nossa fragilidade nativa".

"Poderá ver-se que, em efeito, Deus obra em vocês e através de vocês, se permanecerem unidos a Cristo, se o amarem totalmente, sem egoísmos, sem negar nada a Ele, e cada dia e todas as horas do dia. Isso é a santidade", assinalou.

Além disso, considerou que a consagração que os jovens estavam a ponto de receber, deveria "penetrar profundamente na própria personalidade em um processo de contínuo crescimento e amadurecimento".

"Sendo jovens são feitos presbíteros. Presbítero significa ancião", por isso destacou: "Serão presbíteros, mas terão que tornar-se tais por seu amadurecimento humana, por uma crescente sabedoria, em virtude da experiência espiritual e pastoral", afirmou.