Durante de avaliação da situação do mundo que pronunciou diante do corpo diplomático credenciado na a Santa Sé, o Papa João Paulo II assinalou que a defesa da vida continua sendo um  tema urgente no mundo e prioritário para a Igreja.

Citando o tema de sua mensagem para a Jornada Mundial da Paz 2005: “Não se deixe vencer pelo mal; antes bem, vença o mal com o bem”, o Papa explicou que era “especialmente válido também para as relações internacionais, e pode orientar a todos para responder aos grandes desafios da humanidade atual”, entre eles o desafio da vida, o desafio da alimentação, o desafio da paz e da liberdade.

Referindo-se ao desafio da vida, João Paulo II disse: “A Igreja anuncia ‘o Evangelho da Vida’. E o Estado tem precisamente como tarefa primitiva a tutela e a promoção da vida humana”.

“Concepções opostas se enfrentam sobre temas como o aborto, a procriação assistida, o uso de células tronco embrionárias humanas com finalidades científicas, a clonagem”, advertiu o Santo Padre.

“Apoiada na razão e a ciência, é clara a posição da Igreja: o embrião humano é um sujeito idêntico à criança que vai nascer e ao que nasceu a partir desse embrião”, disse o Pontífice.

“portanto, nada que viole sua integridade e dignidade é eticamente plausível. Além disso, uma pesquisa  científica que reduza o embrião a objeto de laboratório não é digna do homem”.

Defesa da Família

Falando em seguida dos desafios aos que se enfrenta a família, o Santo Padre recordou que “esta se vê freqüentemente ameaçada por fatores sociais e culturais que, exercendo pressão sobre ela, tornam mais difícil sua estabilidade; mas em alguns países a família está ameaçada também por uma legislação que atenta –às vezes inclusive diretamente- a sua estrutura natural, a qual é e só pode ser a da união entre um homem e uma mulher, fundada no matrimônio”.