Os Presidentes das Conferências Episcopais da Colômbia, Equador e Venezuela, reiteraram seu propósito e desejo que trabalhar pela paz na região e a convivência, e rechaçaram qualquer ameaça de guerra.

Em uma recente reunião sustentada em Bogotá, o Presidente da Conferência Episcopal da Colômbia, Dom Rubén Salazar, afirmou que seu país "nunca deve estar preparada para a guerra e sim estar preparados para a paz", em alusão a declarações do ministro da Defesa, Gabriel Silva Luján em tal sentido. Entretanto, esclareceu isso não significa que "devamos estar em uma passividade para nos deixarmos ofender".

O também Arcebispo de Barranquilla assinalou que frente ao embargo comercial imposto pelo governo venezuelano "os mais afetados são as empresas e pessoas que vivem na fronteira" e indicou que é "um atentado contra a economia dos dois países".

Também recordou as declarações do Presidente Hugo Chávez, no sentido de estar preparado para a guerra se quiserem a paz. "Isso foi algo que se usou no mundo pagão onde não havia respeito pela dignidade humana nem pela fraternidade", afirmou.

Por sua parte, o Presidente da Conferência Episcopal da Venezuela, Dom Ubaldo Santana explicou que à Igreja Católica corresponde trabalhar em prol do entendimento entre as Igrejas e os povos de ambas as nações.

Seguidamente indicou que por isso a Igreja deve "apelar à consciência e à sabedoria dos governantes para que desenvolvam a cultura da paz".

Ao comentar a possível presença de líderes guerrilheiros em território da Venezuela, o também Arcebispo de Maracaibo indicou que "a fronteira necessita um amparo especial. Acreditam que é uma zona particularmente delicada que temos que cuidar muito para que não se convertam em santuários de nenhum grupo irregular".

Por outro lado, o Presidente da Conferência Episcopal do Equador, Dom Antonio Arregui Yarza, reiterou que a carreira armamentista não tem sentido e se trata de "gastar os recursos que tanto necessitam nossas escolas e hospitais".