O diretor de Fundação Vida, Manuel Cruz, explicou que a lei do aborto na Espanha passará a conta "aos seus promotores e seus defensores" nas próximas eleições, pois estes ignoraram a cidadania.

Depois de esclarecer que a lei ainda não foi passada pelo Congresso dos Deputados, lamentou que alguns queiram celebrar um suposto triunfo do aborto.

Cruz reiterou o pedido a ministra de Igualdade, Bibiana Aído, de que retire este projeto e elabore uma normativa "verdadeiramente feminista e de autêntico apoio à mulher".

"Uma primeira medida poderia ser destinar os recursos públicos com os quais agora se financiam abortos a ajudar mulheres grávidas com problemas. Leis como a da Comunidade Valenciana de apoio à maternidade são um primeiro passo para uma verdadeira mentalidade de ajuda às mulheres que se encontram sozinhas e com uma gravidez inesperada", assinalou.

Cruz deplorou que as Ministras do Governo tenham mostrado alegria depois da votação contra as emendas apresentadas pelo Partido Popular no Congresso.

"Não pode ser que a matança de seres humanos fique impune e ademais seja celebrada", indicou o perito e acrescentou que esta alegria "não está justificada: não há mais que fixar-se nos despojos humanos que deixa o aborto, nos seres humanos quebrados que provoca e o laceração em suas mães".

"A lei não oferece alternativas ao aborto, mas converte-o em um direito e busca liberar as clínicas abortistas dos problemas legais que agora têm", questionou.