Vaticano, 15 de nov de 2009 às 09:29
Um numeroso grupo de fiéis e peregrinos se reuniram este meio-dia na Praça de São Pedro para rezar o Ângelus dominical com o Papa Bento XVI, quem ao introduzir a oração Mariana recordou que quem acolhe a Palavra de Deus dá verdadeiramente fruto, pois possui em si um potente princípio de transformação que se manifesta na bondade uma vida animada pela caridade.
“Agradeçamos ao Senhor que nos permitiu completar, uma vez mais, este caminho de fé”, disse o Papa referindo-se ao Ano litúrgico, acrescentando que este se trata de “um dom inestimável, que nos permite viver na história o mistério de Cristo, acolhendo em nossa existência pessoal e comunitária a semente da Palavra de Deus, semente de eternidade que transforma do interior este mundo e o abre ao Reino dos Céus”.
Seguidamente o Pontífice refletiu sobre uma frase do Evangelho de hoje: “O céu e a terra passarão, mas minha palavra não passará” ressaltando “a expressão ‘céu e terra’ é freqüente na Bíblia para indicar todo o universo, a totalidade do cosmos. Jesus declara que tudo aquilo está destinado a ‘passar’. Toda a criação está marcada pela finitude: não existe confusão alguma entre criado e Criador, mas sim uma diferença nítida. Assim, Jesus afirma que suas palavras ‘não passarão’, quer dizer, estão da parte de Deus e por isso são eternas”.
“Em uma célebre parábola –continuou o Papa- Cristo se compara ao semeador e explica que a semente é a Palavra: aqueles que a escutam, acolhem-na e dão fruto, são parte do Reino de Deus, quer dizer, vivem sob sua senhoria; permanecem no mundo, mas não são do mundo; levam em si um germe de eternidade, um princípio de transformação que se manifesta desde já em uma boa vida, animada pela caridade, e que ao final produzirá a ressurreição da carne”.
Mais adiante o Papa destacou a figura da Virgem Maria qual “sinal vivente desta verdade. Seu coração foi ‘terra boa’ que acolheu com plena disponibilidade a Palavra de Deus, de modo que toda sua existência, transformada segundo a imagem do Filho, foi introduzida na eternidade, alma e corpo, antecipando a vocação eterna de todo ser humano”.
Finalmente, o Papa rezou o Ângelus com todos os presentes, saudou-os em diversos idiomas e repartiu sua Bênção Apostólica.