O arcebispo de Bukavu, Dom François-Xavier Maroy Rusengo, regressou ontem à República Democrática do Congo, abandonando os trabalhos do Sínodo, ao ser informado sobre a violência que está se abatendo sobre sua diocese, informa a nota de imprensa da Rádio Vaticano em português.

Dom François anunciou que deveria retornar rapidamente, porque as comunidades católicas estavam sendo atacadas por “inimigos da paz”.

Em suas declarações o arcebispo conta que “uma de nossas paróquias foi incendiada sexta, dia 2. Os sacerdotes foram agredidos; alguns foram capturados por homens uniformizados que pediram um resgate altíssimo, que tivemos que pagar para poupar-lhes a vida. Ameaçaram massacrá-los; querem calar a Igreja, única voz deste povo aterrorizado, humilhado, explorado e dominado”.

“A reconciliação não se pode limitar simplesmente à harmonia das relações interpessoais, mas deve inevitavelmente considerar as causas profundas da crise: os interesses e os recursos naturais do país, que devem ser administrados na transparência, na equidade, para o bem de todos”, conclui a nota publicada por Rádio Vaticano.