O Instituto de Política Familiar (IPF) denunciou hoje que mais da metade das gravidezes em adolescentes menores de 20 anos termina em aborto e atribuiu esta situação ao "coador" da atual lei do aborto e ao uso da pílula do dia depois.

Assim, recalcou que em 2007 se produziram 29.096 gravidezes em adolescentes de menos de 20 anos de um total de 604.665. Das quase 30.000 gravidezes, um total de 13.789 foram nascimentos e 15.307 - o 53 por cento delas– terminaram em aborto.

Segundo denúncia o presidente do IPF, Eduardo Hertfelder, enquanto na União Européia a porcentagem de abortos frente aos gravidezes de adolescentes é de 43 por cento, na Espanha é do 53. "Além disso, enquanto na Europa sofreu um leve crescimento nos últimos 10 anos, passou de 39 a 43 por cento; na Espanha, produziu-se uma explosão de 39 a 53 por cento".

"As administrações devem dar-se conta –conclui Hertfelder– que têm que mudar radicalmente umas políticas obsoletas e que ano detrás anos constatam seu fracasso. Não se pode manter mais tempo a obcecação ideológica e sectária na promoção indiscriminada da pílula do dia seguinte entre os adolescentes e uma nova lei do aborto como a que propõe o Executivo que provocarão um aumento do número de abortos de adolescentes".