A polêmica reforma sanitária impulsionada pelo Presidente Barack Obama encontrou uma férrea oposição entre políticos e cidadãos, que resistem a financiar com seus impostos a prática do aborto e a eventual eutanásia de anciãos norte-americanos. Para um destacado perito, a administração Obama ainda não digere este revés e longe de escutar as reclamações, as minimiza sem argumentos.

Segundo Steve Mosher, presidente do Population Research Institute (PRI), apesar de que o chamado "Obamacare", Programa de Assistência Médica da Obama, está preso no Congresso e a resistência cidadã é notável, tanto o mandatário como "seus porta-vozes continuam burlando-se das fundadas preocupações do movimento pró-vida sobre o financiamento do aborto e das visitas ‘médicas’ para analisar o ‘término da vida’ dos anciãos norte-americanos".

Mosher sustenta que "mediante a mobilização das bases, quase da noite para o dia, o movimento pró-vida e outros grupos de base" "demonstraram ao governo que os temas relacionados ao direito à vida ainda interessam profundamente ao povo norte-americano".

"Os resultados já são evidentes. Este projeto de lei que teria sido aprovado no Congresso e aterrissado a tempo no escritório do Presidente, converteu-se em um lastro político. Todos nós convertemos o Obamacare em um problema político", indica.

"Os defensores do Obamacare continuaram culpando a inimigos verdadeiros e imaginários, incluindo as companhias de seguro, democratas conservadores, conspiradores republicanos clandestinos e mais que tudo, aos meios de comunicação. Em realidade, fizeram tudo exceto enfrentar diretamente os argumentos contra o Obamacare", acrescenta.

"Com suas contínuas mudanças e demoras, a administração parece esquecer que o projeto de assistência médica está disponível na Internet. Nós os membros do movimento pró-vida o lemos e não gostamos. Temos verdadeiras interrogantes e necessitamos respostas reais. Já basta de evasões e segredos", afirma.

Para Mosher, "Obama precisa abandonar este projeto de lei tanto como deixar seus maus hábitos. Ele deveria fazê-lo se dá algum valor à assistência médica que respeita a santidade da vida ou inclusive somente porque lhe importa sua carreira política. Talvez o faça como resultado do sólido e contínuo esforço realizado por numerosos grupos pró-vida".