No simpósio "Anticoncepcionais de Emergências", organizado pela Associação Nicaragüense pela Vida, distintos peritos pró-vida explicaram que a chamada pílula do dia seguinte é abortiva.

O médico Rafael Cabrera, Presidente da mencionada Associação, assegurou que a ciência demonstrou que uma das ações ou efeitos da pílula é evitar a implantação do embrião no endométrio da mulher, o que se traduz em uma "ação abortiva", considerando que a vida de qualquer pessoa humana começa na fecundação.

"Ao chegar o ovo fecundado ao endométrio, este não se pode implantar, é expulso e portanto se produz um aborto. Podemos dizer que o aborto não ocorre sempre que se tome o remédio, porque às vezes se toma em período que já passou a ovulação, mas se tomado um dia antes ou seis dias depois da ovulação há 80 por cento (de probabilidades) de que se produza um aborto", assegurou o doutor Cabrera.

Quanto aos aspectos legais, o advogado Adolfo Miranda Sáenz explicou que a possibilidade de que a pílula do dia seguinte mate um óvulo já fecundado; faz que este tipo de aborto se converta em um delito, de acordo às leis da Nicarágua que penalizam esta prática infanticida; assim como o fato de tomá-la porque pode gerar este resultado.

"Mesmo assumindo que matar o óvulo fecundado embora não implantado no útero não fosse um aborto (que para nós sim o é), se estaria ao menos cometendo o delito de lesões no bebê que está por nascer e isso está penalizado", acrescentou.