O Cardeal Eduardo Martínez Somalo opina que "se suprimirem" os símbolos católicos nas escolas "quebrar-se-á o pluralismo", já que uma "democracia deve respeitar à maioria dos crentes"; ao receber esta terça-feira na moradia em seu município natal, ao presidente da região de Rioja Pedro Sanz, com quem manteve uma reunião aproveitando o período de férias do qual desfruta o cardeal todos os anos nesta localidade.

Sanz mostrou "o orgulho" de receber ao ilustre Cardeal espanhol em sua terra de origem. Além disso, informou que "estão atados por laços de amizade" e agradeceu o "gesto que teve desde Roma", quando o Cardeal ligou para Sanz depois do falecimento de seu pai.

Depois da reunião mantida entre ambos onde intercambiaram "impressões", o Cardeal declarou que "aprecia esta terra com a lembrança cotidiana" pelo que foi "sua origem de vida".

Quanto à polêmica suscitada pela proibição dos símbolos católicos, como os crucifixos, nos centros docentes, o Cardeal Martínez Somalo se mostrou "ignorante". Ele explicou que "não entende como pode atrapalhar alguém que morreu dizendo 'Perdoai-os porque não sabem o que fazem'", pedindo respeito "embora não sejam católicos".

O Cardeal Martínez Somalo foi substituto da Secretaria de Estado do Vaticano de 1979 a 1988 e, à morte do Papa João Paulo II, acontecida em 2 de abril de 2005, assumiu o Governo Provisório da Igreja Católica, como Cardeal Camarlengo, até a eleição do sucessor, o Papa Bento XVI. Em 2007, e após cumprir os oitenta anos, renunciou ao cargo.

Este ilustre Cardeal, Medalha de “La Rioja” em 1993, mostrou também seu agradecimento ao presidente pela visita, assegurando que "tudo converge em uma finalidade: nossa Rioja cristã".