A Arquidiocese do México advertiu o aumento da violência no estado de Guerrero, por isso chamou os mexicanos a resgatarem os valores fundamentais porque "parece que nos estamos tornando um povo sem lei que dá passos para uma possível ingovernabilidade".

Em um comunicado, a Arquidiocese se referiu a recentes episódios de violência, como o arteiro crime contra o condutor de notícias, Juan Daniel Martínez Gil; o seqüestro da deputada Aceadeth Rocha e os enfrentamentos entre grupos armados e o exército na zona de Tierra Caliente.

"Esta situação manifesta uma grave decomposição social gerada por uma série de fatores como a perda dos valores fundamentais, a falta de oportunidades de desenvolvimento, a impunidade crônica e, inclusive, a corrupção em algumas das instituições da administração pública", expressou o texto.

A Arquidiocese de Acapulco indicou que esta espiral de violência está gerando um dano maior na sociedade que parece assimilar sem problemas "uma cultura de desprezo à lei tanto nas autoridades como nos cidadãos". Advertiu que sem o respeito às leis a sociedade pode cair na imposição "da ‘lei da selva’".

Ante isso, assinalou que a Igreja no México, através da Comissão Episcopal para a Pastoral Social, "está dando um pontual seguimento ao tema da violência com o fim de articular uma estratégia pastoral que contribua a sua diminuição".

Do mesmo modo, em Acapulco a Igreja está realizando "uma análise desta situação que derive em ações pastorais enfocadas a tocar as raízes da violência e a alentar os cidadãos e as instituições públicas e sociais a participarem de uma maneira mais decidida na superação deste clima de violência atendendo a suas causas".

A Arquidiocese lançou esta advertência porque "a violência se converteu em parte da normalidade social, algo ao que, desgraçadamente, nos estamos acostumando".