O Presidente do Instituto de Política Familiar (IPF), Eduardo Hertfelder, destacou o crescimento populacional da União Européia que chegou aos 500 milhões de habitantes, mas advertiu que este se deveu mais à imigração que ao número de nascimentos, pois de cada 10 novos habitantes, 8 são imigrantes.

"Foi um incremento populacional devido quase exclusivamente à imigração e foi, além disso, um incremento populacional de pessoas maiores o que provocou que a idade Média da população européia se incrementasse em quase dois anos nesta década", indicou Hertfelder ao referir-se ao fato de que a UE27 chegou aos 500 milhões de habitantes, precisando que atualmente a Europa conta "com só 775 mil nascimentos anuais menos que há 25 anos atrás".

Assinalou que a Espanha foi o país que mais contribuiu ao aumento de habitantes na Europa, seguido de longe pela França e Itália; mas esclareceu que dos 6,8 milhões de novos habitantes no país ibérico, "mais de 4,8 milhões pessoas foram emigrantes, o que tem suposto 72 por cento de seu crescimento".

"De fato, mais de quatro quintas partes do crescimento se devem à imigração. Sem esta contribuição da imigração o crescimento populacional tanto da Espanha como do resto da UE27 teria sido quase insignificante", explicou.

Entretanto, advertiu que o mais preocupa é que ao depender quase exclusivamente da imigração, pela escassa natalidade dos países da UE27, se está registrando uma média de idade que já supera os 40,3 anos, "quer dizer, a média de idade na Europa envelheceu quase dois anos em apenas dez anos".