O Bispo do Tehuacán, Dom Rodrigo Aguilar Martínez, afirmou que a Igreja anima os cidadãos a cumprirem com seu direito e dever votar não porque lhe interesse o poder, mas sim porque deseja o crescimento da democracia, pois é o caminho eleito para o desenvolvimento do México.

"A opção democrática não é um passo já realizado, mas um processo em transição, do qual o voto é parte importante mas não a única forma de participação", assinalou em uma recente mensagem com motivo das eleições de 5 de julho, e que no estado de Puebla estas serão para escolher os deputados federais.

No texto, o Prelado advertiu que abster-se de votar "é deixar que outros decidam e fechar-se à si mesmo a porta para reclamações posteriores", mas deixar o voto em branco "é ainda pior" porque abre a porta à fraude. "Considero que a opção mais amadurecida é o exercício do voto livre, secreto, raciocinado pelo partido e o candidato que ofereça mais garantia às próprias convicções e projetos", indicou.

Entretanto, acrescentou que logo depois das eleições a democracia deve ser sustentada com "a sã atitude crítica, desde imperativos éticos", porque "todos somos corresponsáveis". Aos católicos recordou que "também nossa fé deve manifestar-se viável para o desenvolvimento social, já que a fé sem as obras está morta".

"Cristo Jesus morreu por todos, para que todos tenham vida em abundância, não só no espiritual, mas também no material, e certamente o material ao serviço dos bens superiores", advertiu.

Dom Aguilar alentou "a democracia como sistema de governo e de participação cidadã", e convidou aos mexicanos a avançarem neste processo, superando o desencanto e o pessimismo porque existem recursos e capacidades.