Milhares de peregrinos rezaram o Ângelus dominical na Praça de São Pedro com o Papa Bento XVI, quem ao introduzir a oração Mariana no dia em que a Igreja na Itália, e em vários países, celebra a festa do Corpus Domini recordou que o amor verdadeiramente existe e isto permite que possamos esperar em que as coisas possam melhorar.

“O Corpus Domini é um dia que abrange a dimensão cósmica, o céu e a terra. Evoca antes que nada esta estação tão bela em que a primavera dá passo ao verão, o sol é forte no céu e nos campos amadurecido o trigo. No centro desta festa está o signo do pão, fruto da terra e do céu. Por isso o pão eucarístico é o signo visível daquele em quem céu e terra, Deus e homem, tornaram-se uma só coisa”, disse o Pontífice.

Assim mesmo adicionou que “a solenidade do Corpus Domini está intimamente relacionada com a Páscoa e com o Pentecostes: a morte e ressurreição do Jesus e a efusão do Espírito Santo são seus pressupostos”.

“Além disso está relacionada –continuou- com a festa da Trindade. Somente porque Deus mesmo é relação, pode haver uma relação com Ele; e somente porque o amor pode amar e ser amado. Deste modo o Corpus Domini é uma manifestação de Deus, uma afirmação de que Deus é amor”.

Mais adiante afirmou que “esta festa nos fala do amor divino, daquilo que é e daquilo que faz. Por exemplo, nos diz que este se regenera no doar-se, se forma na doação, não se consome. O amor transforma tudo o que existe, e se entende então que no centro da festa hodierna está o mistério da transubstanciação, signo de Jesus-caridade que transforma o mundo. Olhando-o e adorando-o podemos dizer: sim, o amor existe, e porque existe, as coisas podem mudar para bem e nós podemos ter esperança. É a esperança que provém do amor de Cristo a que nos dá a força de viver e de confrontar as dificuldades”.

Finalmente o Santo Padre falou sobre Maria, a “Mulher Eucarística” como a chamava João Paulo II; “Dela aprendamos a renovar continuamente nossa comunhão com o Corpo de Cristo, para amar-nos uns aos outros como Ele nos amou”.

Seguidamente o Papa rezou o Ângelus, saudou em diversos idiomas e repartiu sua Bênção Apostólica.