Em declarações à organização internacional Ajuda à Igreja Necessitada (AIN) o Pe. Thomas Manjaly da Diocese de Shiolong na região nordeste da Índia, explicou que a fé católica resulta cada vez mais atrativa para os membros das distintas tribos presentes nessa zona, aonde a cristandade experimentou um notável crescimento.

O sacerdote relatou que uma das crenças fundamentais destas tribos "inclui um deus que criou tudo, por isso encontram o Cristianismo mais próximo a suas crenças que o hinduísmo. Não acreditam na reencarnação como eles, mas sim que quando uma pessoa morre, ela vai para Deus".

Do mesmo modo, explica, "têm orações pelos mortos, que se passa de pessoa a pessoa verbalmente. Assim que nossa liturgia pelos mortos lhes resulta muito atrativa".

Dado, além disso, que possuem certo sistema de sacrifício, pois "logo depois das colheitas oferecem os primeiros frutos como sacrifício de agradecimento; e quando chegam as primeiras chuvas oferecem sementes para ter uma boa semeia, a Eucaristia como sacrifício, o altar e o sacerdote resultam muito atrativos para eles. A fé católica está assim mais perto deles e resulta mais atrativa que o cristianismo protestante que solo enfatiza o anúncio da palavra".

Em três estados da zona nordeste da Índia –Nagaland, Meghalaya e Mizoram– os cristãos são maioria. Em Nagaland os cristãos são 90 por cento da população, embora os presbiterianos e os batistas sejam mais numerosos que os católicos.

Ao explicar que agora se inicia a segunda fase da evangelização, o P. Manjaly assegurou que a tradução que AIN realizou da Bíblia a 10 idiomas da região "é uma grande coisa que têm feito pela formação na fé" assim como os projetos que sustentam economicamente para instruir aos catequistas.

"Quero agradecer a AIN por seu papel na construção da Igreja na Índia. Que Deus os abençoe. Nós os acompanhamos como irmãos e rezamos por vocês", concluiu.