O presidente da E-Cristians, Josep Miró i Ardevoll, chamou os católicos fazer um favor a si mesmos e à sociedade ingressando na política, indo além dos próprios interesses.

Na clausura do simpósio “Profissionais para a Igreja local”, o também membro do Conselho Pontifício para os Leigos afirmou que as provocações da Igreja são as mesmas da sociedade. “O Papa reclama uma nova onda de católicos na política. O país melhorará e os grandes beneficiários serão nossos filhos, nossos netos”, assinalou.

Nesse sentido, indicou que a provocação fundamental é “superar a cultura da desvinculação, da qual surge o laicismo” que exclui a religião da esfera pública.

Miró i Ardevoll explicou que esta desvinculação é “a pretensão de que a realização de todo homem e mulher se produz só na satisfação do próprio desejo”, e que gera falta de compromisso “da mãe com seu filho, do homem com a mulher, dos financistas com as conseqüências de seus atos”.

Por sua parte, em outro momento do evento, o presidente da Federação Internacional de Médicos Católicos, José María Simón i Castellví, assinalou a necessidade de profissionais católicos comprometidos que se agrupem em consórcios e associações que lhes permitam estar presentes na sociedade.

Por outro lado, o reitor da Universitat Abat Oliba CEU, Josep Maria Alsina, referiu-se à missão do profissional católico na família “como transmissora da fé, evangelizando dia a dia esta realidade atual”. Indicou que embora a família segue sendo para 80 por cento dos espanhóis “a realidade mais importante de suas vidas”, segue-se cometendo “o suicídio cultural” de pô-la em interdição “quando nem do ponto de vista legislativo fica claro o que é a família”.

Do mesmo modo, o reitor da Universidade Francisco de Vitoria, Daniel Sada Castaño, chamou a resgatar a identidade da universidade, uma instituição que nasceu no seio da Igreja e cujo objetivo é a busca da verdade.