O Arcebispo de Kirkuk (Iraque), Dom Louis Sako, advertiu em uma roda de imprensa realizada na cidade de Viena (Áustria) que a situação dos cristãos no Iraque “é uma tragédia”; pelo que pediu à comunidade internacional mostrar sua solidariedade espiritual e material para com eles.

Segundo precisa a nota de imprensa, o Arcebispo interveio convidado pela associação internacional Ajuda à Igreja Necessitada (AIN) e as organizações Christian Solidarity International na Áustria e Pró o Oriente.

O Prelado manifestou que “neste período o conflito cobrou a vida de 750 cristãos, entre eles, a do Arcebispo de Mosul, Dom Paulos Faraj Rahho. 200 000 cristãos abandonaram o país, o qual é uma tragédia para nós”.

Do mesmo modo, Dom Sako solicitou a “solidariedade com os cristãos iraquianos e ajuda para os refugiados e aos cristãos que não abandonaram o Iraque”; assim também que assinalou que “a emigração dos cristãos, agora residentes em grande número em Síria, Jordânia, Líbano e Turquia, supõe um grande desafio para a Igreja”.

De igual maneira, o Prelado exigiu uma “maior pressão política sobre o Iraque”; e afirmou que “é uma vergonha que não se respeitem os direitos humanos dos cristãos, pois também eles são cidadãos iraquianos”.

“Temos muitos problemas, mas também albergamos muitas esperanças. Não temos medo, mas queremos conviver em paz com os muçulmanos iraquianos”, adicionou.

Finalmente, o Arcebispo de Kirkuk expressou sua preocupação pela retirada das tropas (americanas), pois nestes momentos o maior problema do país radica na falta de segurança, e porque o exército e a polícia iraquianos ainda não são o suficientemente fortes”.

“Sob o regime de Sadam tínhamos segurança e carecíamos de liberdade. Hoje temos liberdade, mas o problema é a segurança”, concluiu.