O doutor Juan Carlos Caprile, médico especialista Mestre em Bioética, e professor de Bioética na Universidade Católica de La Plata, rechaçou as declarações do Ministro da Ciência, Luis Barañao, a favor das investigações com embriões humanos, pois isso vai contra o direito à vida e contra o que afirma a ciência mesma, de que a vida se inicia na concepção.
“É inexplicável que nosso Ministro nada menos que de Ciência, Técnica e Inovação Produtiva, Luis Barañao, tenha dito que ‘os embriões humanos não são seres humanos, senão um projeto, um conjunto de células’”, expressou Caprile, ao referir-se às declarações do ministro sobre a autorização do Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama para que se financiem as investigações de embriões com dinheiro público.
O perito indicou que ao dizer que o embrião não é um ser humano, o ministro Barañao está ignorando “o resultado das investigações do Projeto Genoma Humano realizado pelos 14 países mais desenvolvidos do mundo e 2 laboratórios especializados”.
“Logo depois de 10 anos de trabalho emitiram em junho de 2007 a resolução final em que deixam perseverança de que o ser humano tem 27.000 gens e a vida humana se inicia no momento da concepção, quando se produz o ‘contato de membranas’ e a penetração do espermatozóide no óvulo”, lembrou Caprile.
O perito em bioética indicou que por isso a defesa dos embriões “não é uma mera questão religiosa católica, que coincide com este veredicto, senão o fruto de um trabalho de ‘Ciência, Técnica e Inovação Produtiva’ avalizada pelos principais Investigadores do mundo”.
Por isso, advertir as conseqüências biológicas e imorais que trazem a extração de células tronco embrionárias, o doutor Caprile destacou os estudos com células tronco adultas, que já tiveram êxito em diversas operações, e que não têm conflito ético algum por ser obtidas de tecidos adultos.
“Seria mais conveniente analisar biológica e moralmente (Bioética) o investimento de recursos econômicos em aprofundar estes últimos adiantamentos científicos que permitem vigiar um futuro mais promissor sem o custo de vidas humanas que destrói embriões obtidos por fecundação artificial e clonagem”, indicou.
Nesse sentido, Caprile criticou que sendo hoje a época “em que mais se fala da defesa dos direitos humanos”, se lhes ataque sistematicamente “em nome do progresso”.
“O embrião é um ser humano que deve ser respeitado sem vulnerar seu direito à vida, pela dignidade que se merece como pessoa constituída integralmente em forma física, psíquica e espiritual com um sentido de trascendência”, afirmou.

Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram

Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos: