O presidente do Instituto de Política Familiar (IPF), Eduardo Hertfelder, denunciou que na Espanha não são realmente reconhecidos nem garantidos os direitos básicos da mulher, e enquanto isso aconteça, a cada 8 de março, Dia Internacional da Mulher, “devem ser dias reivindicativos mais do que celebrações”.
“O direito à maternidade, o direito à conciliação da vida trabalhista e familiar e o direito à estabilidade matrimonial são os grandes problemas e carências da mulher atual” na Espanha, afirmou Hertfelder, quem advertiu que o mais grave “é que a tendência é a piorar porque não contam com o respaldo real das administrações públicas”.
O presidente do IPF também indicou que a distância entre o apoio à mulher na Espanha e o resto da União Européia “segue sendo enorme tanto em prestações econômicas à maternidade, em conciliação da vida familiar e trabalhista e no direito à estabilidade matrimonial”.
Quanto ao direito à maternidade, o IPF disse que a falta de ajudas por parte das autoridades provocou não só que as mulheres espanholas “sejam as que acedem mais tarde à maternidade de toda a Europa”, mas sim também a taxa de natalidade seja uma das mais baixas no continente; embora que, conforme as pesquisas, as espanholas afirmam que querem ter “um filho a mais dos que têm”.
Do mesmo modo, o IPF assinalou que no aspecto trabalhista, “não há vontade política real nem por parte de administrações nem pelas empresas”. “São numerosos os casos aonde quando as mulheres exercem seu direito à maternidade começam os problemas e as injustiças nas empresas”, afirmou.
Finalmente, lembrou que as rupturas familiares seguem sendo um dos principais problemas que enfrentam os lares espanhóis, “e portanto da mulher”.
“Não se está preservando nem garantindo o direito dos pais à estabilidade conjugal. O direito à estabilidade conjugal, e mais especialmente para os matrimônios com filhos e em situações de conflictualidade ou crise, deve ser uma tarefa fundamental das administrações”, expressou o IPF.
Nesse sentido, criticou que o Governo socialista siga “sem implementar as diretrizes da União Européia que, há mais de 30 anos, insiste aos distintos países à criação dos Centros de Orientação e Mediação Familiar”.