O Arcebispo de Westminster, Cardeal Cormac Murphy-O'Connor, assinalou que "a Igreja em nossa sociedade tem uma forte vitalidade e um rol crucial que jogar, mais importante ainda nesta época da história recente", em uma conferência pronunciada na quinta-feira na Catedral de Westminster que levou como título "Gaudium et spes" (Gozo e esperança).
Conforme informa L'Osservatore Romano, o Cardeal alentou aos fiéis a resistir o avanço do secularismo: "muitos dos argumentos do secularismo querem confirmar a evolução de uma visão humanística auto-suficiente. Tudo isto leva ao desaparecimento do espírito com uma óptica histórica fundamentalmente redutivista".
Para o Cardeal inglês, esta maneira de aproximar-se do homem "procura empobrecer a compreensão do que é a raiz do ser humano" e faz que a "defesa contra a instrumentalização da pessoa resulte então insuficiente".
Em opinião do Arcebispo, solo  através da "aceitação da dignidade e do fim último do homem em Deus –que a Igreja afirmou sempre– se pode atribuir, também nesta época atual, o justo valor da vida humana".
Seguidamente o Cardeal Murphy-O'Connor alertou que atualmente "o maior perigo para nós é o de nos deixar convencer por quanto afirma a cultura secular, nos específico, que nós os católicos nos estamos fazendo cada vez mais marginais e estamos em decadência. Por isso é certo que temos muitos desafios por encarar e muito trabalho por fazer".
"Poderia-se dizer, por exemplo, que agora não vivemos mais em uma sociedade de tipo liberal embora estamos em um contexto libertino no que parecem expulsos todos os valores éticos e morais. Esta aproximação ignora a muitos que tentam fazer sempre o melhor".
Finalmente, o Arcebispo de Westminster precisou que "para ser plenamente humanos é necessário permanecer sempre propensos ao bem. Necessitamos uma renovada sensibilidade às dimensões éticas e morais da vida. Devemos afirmar e alentar o bem que está em cada pessoa, em vez de pôr em evidência a parte negativa. Uma mudança autêntica e duradoura será possível se primeiro compartilharmos os gozos e a esperanças da inteira humanidade".