A presidenta da Federação Pro-vida, Alicia Latorre, criticou a surdez da subcomissão responsável por elaborar a proposta de uma nova lei do aborto, pois uma legislação de prazos é um desprezo ao não nascido.

“Nesta Subcomissão não houve um debate sério como se prometeu. Nasceu com uma idéia prévia, atuou a porta fechada, surdos aos argumentos a favor da mulher e do não nascido”, criticou.

Latorre indicou que somente se escutou aos grupos feministas radicais que não representam ao mais de um milhão de mulheres que abortaram, e aos donos das clínicas abortistas, que “foram os convidados de luxo”.

A líder pro-vida advertiu que esta proposta não oferece programas de ajuda para as mulheres grávidas. “O agravante é que se trata da questão mais séria do que pode tratar um Governo, o direito à vida e sua dignidade”, indicou.

Latorre lembrou que sem o respeito ao direito à vida, “os restantes direitos fundamentais não têm sentido”. “Chamar o aborto ‘direito humano’ é uma brincadeira à humanidade e à consciência do homem”, advertiu.

Nesse sentido, indicou que “se na Espanha não se garante a vida de todos, e não se protege a vida como um bem, pomo-nos ao nível de tantos países onde o atropelo dos direitos humanos repugna a qualquer pessoa com sentido comum e com coração”.

“A proposta de uma lei de prazos é um desprezo ao não nascido e não considera que se lhe tira a vida destroçando-o por aspiração, desmembrando-o com um legrado ou lhe produzindo uma muito dolorosa morte por queimaduras”, expressou Latorre.