A Vice-presidenta do Congresso do Peru, Fabiola Morales Castillo, precisou que "não podemos permitir sob nenhum motivo, que para dar solução ao problema" das violações que "se mate às crianças no ventre de sua mãe, pois não têm culpa nem como defender-se", em resposta à Ministra da Mulher, Carmen Vildoso, quem qualificou como "traumática" a possibilidade de dar em adoção a um filho produto de uma violação.

Assim o indicou Morales ante recentes declarações da Ministra Vildoso quem em uma rádio local assinalou que a possibilidade de que uma menor violada grávida dê a seu filho em adoção "é outro trauma, o primeiro trauma é a violação e o segundo é dá-lo em adoção".

Ante esta posição que promove implicitamente o aborto, a Vice-presidenta do Congresso precisa que a alternativa da adoção é válida e viável, "pois lhe dá ao menor a opção se ser acolhido em um lar e que recebam o cuidado de pessoas generosas, que lhes dêem amor e procurem seu desenvolvimento. A ministra deveria preocupar-se com dar soluções criativas a estes problemas, melhorando, por exemplo, os procedimentos administrativos de adoção que tanto demoram".

Ao falar logo depois das menores que são violadas e produto deste fato ficam grávidas, Morales ressaltou que esta situação "é uma problemática que merece toda nossa atenção, mas isso não se solucionará promovendo e condenando à pena de morte (com o aborto) a crianças indefesos".

Morales Castillo enfatizou que a Ministra da Mulher deve ser mais transparente em suas declarações e defender a vida de todo ser humano como o manda o artigo 2 de nossa Constituição, que indica "O concebido é sujeito de direito em tudo quanto lhe favorece".

"Não pode fazer algo distinto ao que assinala nossa ordenança constitucional", particularizou e lembrou que a Constituição do Peru protege a vida da concepção e o Código Penal considera um delito o aborto.