O Comitê Independente Anti-aids chamou a promover uma mudança de conduta entre os homossexuais para reduzir a cifra de contágios do HIV/AIDS, tendo em conta que as estatísticas de 2007 confirmam que a infecção desta enfermidade se dá mais entre a população homossexual.
A organização assinalou que embora dez comunidades autônomas não comunicam estatísticas de infecções ao Registro Nacional de AIDS, os dados “mostram que o contágio homossexual constitui o 42,8% dos diagnósticos feitos em 2007, com uma progressão constante do 26,4% em 2003. A ascensão é até mais forte se se excluir às mulheres: os homossexuais passaram de 34,7% a 55,6% dos homens diagnosticados em um ano”.
“Assim, em 2007, pela primeira vez desde 1994, houve mais infeccões por via homossexual que por via heterossexual”, assinalou.
Nesse sentido, criticou as campanhas governamentais de promoção do preservativo “com uma mensagem dirigida indiscriminadamente à população em geral e em particular aos jovens, como se o risco afetasse a todos por igual, com independência de seus hábitos”; quando com isso, advertiu, somente se provoca “uma falsa sensação de segurança” e não se reduzem as condutas de risco.
Do mesmo modo, assinalou que os homossexuais apresentam a menor taxa de diagnóstico tardio, com 26,7 por cento; e que a taxa de infecções “desproporcionalmente alta, solo pode explicar-se por uma promiscuidade muito major e o elevado risco dos contatos homossexuais”.
Nesse sentido, indicou que se a percentagem de contágio é alto “e a promoção do preservativo não funciona, seria lógico pensar uma campanha distinta, que alente a uma mudança de conduta nos homossexuais. Mas isso seria o politicamente mais incorreto de tudo”.