O Arcebispo de Santa Cruz, Cardeal Julio Terrazas, lembrou que até os reis devem reconhecer a Deus, logo que o Vice-presidente do país, Álvaro García Lineras, questionasse o trabalho dos prelados.

 

García Lineras declarou à imprensa que "a Igreja se deve dedicar a salvar almas e nós temos que dedicar como Governo a organizar a vida política, econômica e social da sociedade, o que é do César e o Governo ao Governo, o que é de Deus e o espírito a Deus, quando querem cruzar as competências e se misturam funções andamos mau".

 

Ao inaugurar um encontro internacional de leigos católicos, o Cardeal Terrazas explicou que "existem reis de muitas marcas, com muitas finalidades e aqui temos que dizer: Ao reino o que é do Rei e aos reis o que corresponde a eles, com uma condição, que eles também reconheçam ao Rei dos Reis que é o Senhor".

 

O Cardeal reiterou a saudação do Papa Bento XVI à Igreja na Bolívia e destacou que "o amor ao Santo Padre é fundamental (em nosso continente). Quem ataca ao Santo Padre, ataca a todos os que acreditam no Senhor que enviou a esse servidor para a Igreja universal".

 

Além disso assinalou que "o projeto de Deus se faz visível e humano, quando os humanos assumem a responsabilidade de construi-lo com fidalguia, claridade e valentia se for necessário para bem de todos os que procuram o Deus da Vida".

 

Explicou que Cristo nos ensina que "não é Rei porque tenha coroas de ouro. Não é rei porque tenha exército. Não é rei porque tem prata para dar de presente a uns e a outros. É rei porque serve, porque se rebaixa, humilha-se para estar à altura de cada um de nós".

 

Do mesmo modo, pediu aos presentes, levar a mensagem do Senhor para "que todos os povos saibam que há um Deus que os quer e que os ama. Fiquem atentos porque não faltam também quem queira fazer-se deuses e suplantar a Deus, quem queira que lhe rendamos homenagem como se fossem os novos deuses diante dos quais devemos ficar de joelhos".