Depois do falho do Tribunal Supremo da Itália que autoriza a desconexão do tubo que hidrata e alimenta a Eluana Englaro, uma jovem que vive em estado vegetativo desde 1992, as religiosas a cargo de seu cuidado expressaram seu desejo de fazer-se cargo dela e precisaram que não vão acatar a ordem da corte pois isso seria causar-lhe a morte.

Em uma carta publicada no jornal Avvenire, as Irmãs da Misericórdia de Lecco explicam que "nossa esperança, e a de muitos de nós, é que a morte por fome e sede de Eluana, e a de outros em sua condição, não chegue a acontecer".

"Por essa razão, mais uma vez, reafirmamos nossa disponibilidade, agora e no futuro, para seguir servindo a Eluana. Àqueles que a consideram morta, deixem que Eluana fique conosco que a sentimos viva. Só pedimos o silêncio e a liberdade de amar e de nos dedicar aos que são fracos, pobres e pequenos", prossegue a missiva.

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De outro lado, conforme informa a imprensa, o pai de Eluana, Giuseppe Englaro, quem solicitou a desconexão da sonda nasogástrica por onde se hidrata e alimenta sua filha, indicou que vai transladá-la a Udine, na região do Friuli, para proceder com o retiro deste tubo.

Entretanto, o Presidente do Colégio de Médicos de Udine, Luigi Conte, assinalou que recebeu muitas chamadas de médicos que advertiram que se são chamados para a desconexão se acolherão à objeção de consciência para negar-se a deter a alimentação e a hidratação que mantém viva a Eluana Englaro.

Além dos distintos chamados de autoridades da Santa Sé e da Igreja na Itália, 34 associações pró-vida deste país anunciaram a apresentação de um recurso ante o Tribunal Europeu dos Direitos humanos de Estrasburgo para impedir que se leve a cabo a eutanásia de Eluana.