O Presidente do Pontifício Conselho Justiça e Paz, Cardeal Renato Martino, destacou o “valor perene” da Declaração Universal dos Direitos humanos, cuja promulgação em 1948 “constitui um momento de importância fundamental para a maturação de uma consciência moral conforme à dignidade da pessoa”.

Ao apresentar o programa comemorativo pelo 60º aniversário desta Declaração, o Cardeal afirmou que “a Igreja considera que os direitos humanos expressam a dignidade transcendental da pessoa, única criatura amada por Deus por si mesma, sempre fim e nunca médio”.

O Cardeal Martino indicou que “o último testemunho” do valor deste documento o deu o Papa Bento XVI durante sua visita às Nações Unidas em abril passado. Nesse então, lembrou, o Pontífice disse que “o mérito da Declaração Universal é ter permitido a diferentes culturas, expressões jurídicas e modelos institucionais a convergência ao redor de um núcleo fundamental de valores e portanto de direitos”.

A autoridade vaticano assinalou que durante estes anos a Igreja contribuiu com “a reflexão sobre os direitos humanos à luz da Palavra de Deus e da razão humana”.

Do mesmo modo, reafirmou o “compromisso de anúncio e denúncia que têm feito dela (a Igreja), uma lutadora incansável pela dignidade do ser humano e de seus direitos nos sessenta anos que nos separam da Declaração de 1948”.

Como parte do programa comemorativo, anunciou-se para em 10 de dezembro “um ato dedicado à reflexão e ao estudo” dos direitos humanos, onde estará presente o Secretário de estado, Cardeal Tarcisio Bertone; assim como representantes dos diversos dicastérios, do corpo diplomático acreditado ante a Santa Sé, entre outros.