Os seis bispos católicos da região de Orissa na zona oriental da Índia emitiram uma carta pastoral para os fiéis perseguidos nesta parte do país e os alentaram a reanimar a esperança, se solidarizaram com as vítimas da violência anti-cristã e agradeceram o apoio das organizações internacionais que os apoiaram.
Conforme informa a agência vaticana Fides, na carta, que foi lida em todas as paróquias e difundida nas escolas, associações, conventos e centros cristãos, os prelados “se inclinam humildemente ante a forte adesão à fé” demonstrada pelos cristãos e se dizem orgulhosos de sua “capacidade para suportar todo tipo de intimidação e ameaças”.
Deste modo precisam que a violência dos extremistas hindus se deve a que “a Igreja está a favor dos pobres e dos marginalizados. Através da instrução, da assistência sanitária e dos programas de desenvolvimento a Igreja despertou uma maior consciêcia entre os membros das comunidades mais vulneráveis. Estes começaram a exigir seus direitos. Isto não gostou aos poderosos que vêem ameaçada pelos pobres sua posição”.
Os bispos também agradeceram às instituições internacionais que levantaram sua voz em defesa dos cristãos de Orissa e censuraram "o trabalho do governo local e das forças da polícia que não detiveram aos agressores". Ao mesmo tempo, expressaram também seu apoio a todas as vítimas da violência convidando aos fiéis a renovar sua esperança e valor, já que estão vivendo a mesma experiência de Jesus Cristo.
Fides precisa que desde finais de agosto a violência anti-cristã em Orissa causou mais de 60 mortos, 50 mil refugiados, 180 Igrejas destruídas além das numerosas casas, conventos, hospitais e centros de acolhida que foram danificados.
A carta leva a assinatura dos seis bispos de Orissa: Dom Thomas Thiruthalil, Bispo de Balasore; Dom Raphael Cheenath, Arcebispo de Cuttack-Bhubaneswar; Dom Alphonse Bilung, Bispo de Rourkela, Dom John Barwa, Bispo auxiliar de Rourkela; Dom Lucas Kerketta, Bispo de Sambalpur; e Dom Sarat Chandra Naik, Bispo de Berhampur.