A iniciativa cidadã Direito a Viver (DAV) pediu a recusa de dois dos "peritos" apresentados pelo PSOE para integrar a subcomissão que analisa uma nova lei de aborto para a Espanha, porque representam à indústria do aborto.
DAV informou que o Governo convocou a Santiago Barambio, presidente de Associação de Clínicas Creditadas para a Interrupção da Gravidez (ACAI), a patronal que agrupa às empresas do aborto, e Guillermo Sánchez Andrés, presidente do Conselho de Administração da Clínica Dator, uma das empresas abortistas mais rentáveis da Espanha”.
Segundo DAV, ambos têm interesses econômicos em que o Parlamento liberalize o aborto.
Do mesmo modo, a subcomissão inclui a Mari Rose Caleis e Isabel Serrano Fúster, integrantes da Federação de Planificação Familiar, “uma das organizações internacionais que mais pressionaram em todos os países para obter o ‘aborto livre e gratuito’. A Federação foi qualificada por grupos pró-vida como a ‘multinacional do aborto”.
Os outros “peritos” convocados são Maria Luisa Sotelo, diretora da abortista Fundação Mulheres; Yolanda Besteiro, presidenta da Associação de Mulheres Progressistas, uma organização integrada dentro da estrutura do PSOE; Altamira Gonzalo, presidenta da Associação de Mulheres Juristas Themis, que já pediu ao Governo que aprove uma "lei de prazos"; Elvira Méndez, diretora geral da Associação Saúde e Família, que assinou junto com a ACAI um manifesto a favor de uma lei de prazos; e a Domingo Álvarez González, ginecologista fundador e diretor do Centro de Planificação La Cagiga de Santander.
Segundo DAV, Carmen Calvo, Presidenta da Subcomissão, “demonstrou a opacidade com a que quer dirigi-la. Na reunião desta manhã, o Grupo Socialista levava uma lista fechada de 12 supostos peritos, enquanto o PP, que não tinha recebido nenhuma informação, levou uma lista de 25 peritos”.
Marcha ao Congresso
DAV marchou na quinta-feira 30 de outubro até as portas do Congresso dos Deputados para pedir transparência à subcomissão de “peritos”.
Com lemas como “Vída sim, aborto não”, “Uma comissão sem manipulação” e “Sim à vida, pelas mulheres”, os manifestantes defenderam o direito à vida e o direito da mulher a uma maternidade informada.
Os 200 manifestantes se concentraram na Praça das Cortes, levando cartazes com o lema “Não existe o direito a matar, existe o Direito a Viver”.
O presidente do HazteOir.org, Ignacio Arsuaga, assegurou que as manifestações seguiriam até que o Governo “retire o projeto injusto e totalitário” para o estabelecimento do aborto livre.