MEXICO D.F., 31 de out de 2008 às 14:49

Mediante um comunicado, a Arquidiocese primaz do México esclareceu que São Judas Tadeu não é o “santo” dos delinqüentes ou narcotraficantes; e que a chamada “Santa morte” não é uma devoção compatível com a identidade católica.
No comunicado titulado “São Judas Tadeu e algumas separações de seu culto”, a Arquidiocese explicou que “por todos é sabido que muitas pessoas que delinqüem consideram são Judas como seu santo padroeiro”, este santo “não se veria no céu intercedendo ante Deus a favor de quem atua em forma contrária aos mandamentos de Cristo, entre eles, violentando os preceitos de Não Matarás, Não roubarás, Não cometerás adultério”.
Com ocasião da recente celebração da festa de São Judas, conhecido tradicionalmente como o santo das causas difíceis e se desesperadas, a Arquidiocese assinalou que a Igreja alenta as manifestações populares de autêntica devoção; mas esclareceu que é sua obrigação assinalar que “em alguns casos existem sérias incompatibilidades” com os ensinamentos da Igreja.
O comunicado esclareceu que a devoção a São Judas Tadeu “é totalmente contrária ao culto à ‘a Santa Morte’, pois Cristo mesmo venceu à morte ao ressuscitar glorioso do sepulcro, prometendo vida eterna para quem cumpre com os mandamentos da lei de Deus”.
O culto à “a Santa Morte”, vinculado a práticas de bruxaria e intensificado na proximidade da festa dos Fiéis Defuntos, popularizou-se nos últimos anos em algumas regiões do México.
O comunicado assinalou que “a Bíblia claramente assinala que não se pode servir a dois amos, de modo que quem procura cristo através de seu amor a São Judas Tadeu, devem estar conscientes de que acima de tudo, devem cumprir com os mandamentos que o Senhor nos deu. De outra forma, cai na aberração e no absurdo”.
O pronunciamento lembrou finalmente as palavras de São Judas em sua epístola: “Olhem que vem o Senhor com milhares de seu Santos, a julgar a todos os homens, e a replicar a todos os malvados de todas as obras de sua impiedade, que impiamente fizeram, e de todas as injuriosas expressões que proferiram contra Deus os ímpios pecadores”.