O Instituto de Política Familiar (IPF) denunciou que o Governo espanhol está manipulando o debate sobre o aborto para justificar a aprovação que uma nova lei que incrementaria sua prática no país.

O IPF exigiu uma retificação do Governo, o cancelamento o comitê de peritos convocados para analisar o tema, a publicação dos dados oficiais sobre o aborto e a demissão da presidente da subcomissão parlamentária encarregada da reforma.

Segundo o Presidente do IPF, Eduardo Hertfelder, “estamos assistindo a atitudes totalitárias e sectárias do Governo no debate sobre uma possível reforma da lei do aborto”.

Do mesmo modo, denunciou a criação de uma comissão de peritos “sectária e unilateral” em que todos os membros compartilham ou seguem as tese do Governo a favor de uma nova lei que incremente o número de abortos.

“O Governo com esta atitude evidencia que não quer um debate sério mas sim lhes ‘avalizem’”, informou o IPF.

“Por outra parte, e tal como denunciamos do IPF, ante um problema tão grave como é a explosão do número de abortos na Espanha convertendo-se na principal causa de mortalidade na Espanha, a administração mantém seqüestrados os dados do número de abortos correspondentes aos 2007, principalmente quando o mesmo Governo pretende implementar uma lei regressiva que aumentará mais o número de abortos na Espanha”, explicou.

Do mesmo modo, questionou que “a presidente da subcomissão parlamentára, com uma falta de transparência absoluta e desprezo aos parlamentares, aos jornalistas e à sociedade em geral, impôs à  comissão que as reuniões sejam a porta fechada, que se proíba a entrada a jornalistas, que não se transmitam pelo Canal Parlamentário e que as opiniões dos peritos não se transcrevam ao Jornal de Sessões”.

“É por isso que do IPF exigimos uma retificação do Governo anunciando o cancelamento do comitê de peritos, a publicação imediata dos dados do aborto e a demissão da presidente da subcomissão parlamentária”.