O Arcebispo de Valência, Cardeal Agustín García-Gasco, repudiou energicamente o atentado contra a Universidade de Navarra, como uma "uma nova manifestação de barbárie e da cultura da morte" de parte da banda terrorista "Euskadi Ta Askatasuna" (Pátria Basca e Liberdade), ETA.

A universidade, cujo Grande Chanceler é o Prelado do Opus Dei Dom Javier Echeverría, foi alvo de um carro bomba que estourou esta manhã em um estacionamento próximo ao edifício central e à biblioteca de humanidades. 

O atentado, que deixou a 21 pessoas feridas levemente, foi anunciado poucos minutos antes por uma chamada anônima realizada às 9:50  –hora local–. Vários veículos estacionados se incendiaram e outros resultaram danificados, em total ao redor de umns vinte.

O Cardeal García-Gasco chamou a "rechaçar sem paliativos nem ambigüidades o entorno dos violentos e a cultura que o promove, apóia, justifica ou compreende" e expressou "minha mais profunda vizinhança a toda sua Comunidade Universitária, assim como o repúdio mais enérgico da lógica terrorista e de seus procedimentos",

"Golpeando à Universidade de Navarra se golpeou a um dos sinais mais nobres de nossa sociedade", disse o Arcebispo valenciano. "Atentando contra a Universidade de Navarra, os terroristas se mostram tal como são: estão nas antípodas do bem humano".

Por sua parte, Ángel J. Gómez-Montoro, reitor da Universidade de Navarra, assinalou que "este ataque à instituição universitária merece o rechaço mais enérgico. Graças a Deus, não se deve lamentar danos graves a pessoas".

"Propomo-nos recuperar quanto antes a normalidade, retomar as atividades docentes, assistenciais e de investigação. E o faremos sem medo nem rancor. Precisamente neste momento, parece-me oportuno lembrar a importância do perdão e queremos fazer uma chamada aos terroristas para que deixem de fazer sofrer a tantas pessoas".