O Arcebispo de Sevilha, Cardeal Carlos Amigo Vallejo, assinalou que espera “uma explicação à inexplicável” publicação no Boletim Oficial da Junta de Andalucía (BOJA) dos nomes dos meninos objetores da disciplina “Educação para a Cidadania” (EpC).

O Cardeal Amigo qualificou a situação de “inconcebível” e assegurou que espera que esta medida não seja “mais uma coisa aqueles que se opõem, não à disciplina da EpC, porém sim a alguns capítulos desta educação”.

“EpC sim, mas não este tipo de EpC”, apostilou o Cardeal.

“Quando me comunicaram que se publicou o nome destas crianças não saía de meu assombro”, acrescentou o Cardeal, quem afirmou que, com a vigência de Lei de Proteção de Dados e a Lei de Proteção do Menor “tão positivas em uma sociedade democrática”, esta situação é “surpreendente”. “Espero uma explicação para um fato tão incrível, até que o expliquem”, destacou.

O Cardeal Amigo Vallejo declarou no dia seguinte de que se conhecesse que a Fiscalia de Sevilha tem aberto diligencia informativas para investigar as circunstâncias que provocaram esta situação, conforme confirmaram a Europa Press fontes do Ministério Público.

A investigação, aberta depois de que o solicitasse por escrito o PP e uma procuradora que representa os interesses de distintos pais implicados no caso, encontra-se em uma fase inicial de estudo deste caso pelo que os nomes de quase um centenar de menores foram publicados faz três semanas no BOJA através de 81 resoluções da Conselheria de Educação que não admitiam ou desprezavam suas solicitudes de objeção de consciência à disciplina.

Neste sentido, a própria conselheira de Educação e Ciência, Teresa Jiménez, assegurou diante do Pleno do Parlamento impedimentos da EpC não se viram lesados como resultado da publicação de seus nomes em passado 1 de outubro no BOJA, e insistiu em que a Conselheria não publicou nenhuma relação de impedimentos e sim uma relação de expedientes que não se puderam notificar de outra maneira, incluindo-os dados necessários “para a correta identificação por parte dos interessados”.

Esta justificação foi energicamente rechaçada pelos pais das crianças objetoras de consciência.