Idania Yanes Contreras, de Coalizão Central Opositora, encontra-se em greve de fome até que as autoridades cubanas sancionem aos responsáveis pelo espancamento que sofreram uns dez ativistas pacíficos cubanos e seus familiares próximos, incluindo seu filho de apenas oito anos.
“Ante o ignominioso evento repressivo desdobrado contra meu lar em 15 de outubro passado por hordas da polícia política, no qual foram sem piedade espancados cerca de uma dezena de ativistas pacíficos que se achavam presentes, assim como familiares próximos entre os que se destacam minha mãe Aramilda Contreras Rodríguez e meu filho de apenas 8 anos, Robert Alcides Rivera Yanes, dava início esse mesmo dia a uma greve de fome que só deporei quando se cumprir uma única demanda: que sejam processados e julgados todos aqueles que implementaram tão vil ato”, informou Yanes.
Do mesmo modo, assinalou que “neste protesto cívico não estou sozinha. Acompanha-me meu irmão de luta, o emblemático ex-preso político, Jorge Luis García Pérez Antúnez, quem ombro a ombro comigo decidiu jogar sua sorte junto à minha”.
“Como mãe cubana e lutadora em pról dos direitos fundamentais da humanidade, afetou-me sobre maneira padecer a brutalidade com a que os testas-de-ferro do regime descarregaram seus ódios, fazendo presa de um menino de tão tenra idade cujo dano, já não só físico mas sobre tudo psicológico, o acompanhará pelo resto de sua vida”, denunciou.
A ativista reiterou que seu protesto “só concluirá com a satisfação do demandado: a sanção aos culpados apoiada em suas próprias leis ou a morte dos grevistas. Faço responsável ao governo cubano do nosso possível falecimento, já que ambos apresentamos sérios problemas de saúde, em meu caso cardiovasculares e renais, no caso do Antúnez, tem problemas respiratórios e cardiovasculares. Somente peço que se manifeste a justiça dos homens, porque a de Deus já se revela em minha alma”.