Mediante um editorial publicado em sua revista semanal, a Arquidiocese de México pediu às autoridades dos três poderes "ajustar o cinturão" e reduzir gastos ante a crise econômica produzida pela dramática queda de remessas enviadas dos Estados Unidos.

O editorial pediu ao governo federal e aos poderes Legislativo e Judicial eliminar do orçamento para o 2009 "os milhares de milhões" que se gastam em publicidade, dietas, burocracia, viáticos, compra de veículos de luxo e viagens.

"Os gastos em tantas coisas frívolas e suntuosas dos funcionários públicos são um insulto para um país prostrado na pobreza", disse a revista da Arquidiocese; que recomendou também reduzir na metade os gastos neste tipo de partidas.

Segundo a revista, as primeiras medidas de austeridade deveriam ser tomadas pelo Congresso nacional, "renunciando à colher grande com a que tão generosamente se despacham".

O editorial convida também aos integrantes do Poder Judicial a renunciar a "receber salários estratosféricos e prestações inimagináveis que nem sequer seus homólogos do primeiro mundo imaginam"; e lhes pede um compromisso para encarar esta crise com unidade e solidariedade.

"O compromisso para sair desta nova crise devem assumi-lo todos os setores da sociedade: ninguém pode sentir-se a salvo, ninguém pode permanecer indiferente, ninguém pode replegarse de forma egoista, cuidando seus próprios interesses", diz também a nota editorial.

"O México necessita de todas as vontades e das melhores mentes para encontrar uma saída para nossos problemas. Não é o momento de fazer lenha da árvore que caiu, mas sim de reconstruir o nosso país, pondo o melhor de cada um", conclui a nota da Arquidiocese.