Pela primeira vez na história dos Sínodos de Bispos, um rabino, o de Haifa (Israel), Shear-Yashuv Cohen, interveio na Congregação geral da segunda-feira pela tarde destacando a centralidade das Sagradas Escrituras na vida judia, ao mesmo tempo que solicitou a ajuda católica para assegurar a subsistência de Israel.

"É para mim um privilégio e uma honra ter sido convidado a esta Assembléia. Minha presença no Sínodo dos Bispos é um sinal de esperança, uma mensagem de amor, de coexistência, de paz para nossas gerações e para as futuras", disse Cohen.

O Rabino explicou além disso, durante seus cinco minutos de intervenção, como o povo judeu lê e interpreta a Sagrada Escritura -a Torah, os profetas e os escritos sapienciais-, afirmando que estão no centro de todos os ritos judeus e na vida das pessoas.

A este respeito lembrou que desde pequenos as crianças judias são introduzidas na leitura dos Livros Sagrados, que em muitas casos os aprendem de cor.

O Rabino de Haifa lançou um pedido à Igreja católica para assegurar "para proteger, defender e salvar o Israel"; especialmente ante as ameaças do fundamentalismo muçulmano do presidente iraniano, Mahmud Ahmadineyad.

"Não posso concluir minha intervenção sem expressar minha profunda confusão pelas terríveis palavras do presidente de um certo estado do Oriente Médio em seu discurso do mês passado na Assembléia Geral das Nações Unidas. As falsas e maliciosas acusações nos devolve à memória a tragédia do nosso povo, o Holocausto, que esperamos que não volte mais e rezamos por isso", disse.