KONIGSTEIN, 1 de out de 2008 às 15:30
O Arcebispo de Bagdá, Dom Jean Benjamin Sleiman, comentou que "ao que devemos temer é ao medo mesmo", ao referir-se a constante imigração de cristãos do Iraque devido à perseguição religiosa que sofrem continuamente.
Em um recente evento da associação internacional Ajuda à Igreja Necessitada (AIN) para arrecadar recursos de ajuda para os cristãos iraquianos, realizado em 27 de setembro em Westminster, Inglaterra, o Prelado indicou que entre os fiéis do Iraque existe um "medo paralizador" nestas comunidades. “A emigração segue sendo o sonho de muita gente. A esperança da emigração –incluso quando esta não é real– representa uma espécie de salvação para a gente", acrescentou.
Para o Prelado esta perseguição dos cristãos segue sendo uma grave ameaça para eles e explicou além que em algumas regiões do Iraque têm que "coexistir sob pressão", sendo obrigados a vestir-se como muçulmanos e os respiram a ir-se.
Ante esta problemática, disse momentos antes o Arcebispo na homilia da Missa que celebrou na Catedral do Westminster, existem alguns sinais de esperança como o apoio de distintas organizações de caridade como AIN.
Logo depois de comentar que para ele não é seguro estar no Bagdá, o Prelado iraquiano contou como o Diretor Geral de Caritas do país agradeceu a um oficial curdo (muçulmano) por ajudá-los a construir algumas casa para deslocados e como este lhe respondeu "Fizemo-lo por nós (curdos). Sabemos que quando vocês se vão estas casas serão nossas".
Deste modo assinalou que em vez de relocar aos cristãos ao norte do país, o "melhor que se pode fazer para proteger, não só aos cristãos senão a todos os cidadãos, é voltar para estado de direito no Iraque" e desalentou além disso a idéia de criar um ghetto especialmente para cristãos.
Atualmente as prioridades do AIN no Iraque são a formação e os estipêndios para Missas assim como projetos de alimentação para os cristãos.