O Arcebispo de Caracas, Cardeal Jorge Urosa Savino, assinalou que no comunicado emitido nesta quarta-feira pela Conferência Episcopal é um chamado a "todos os atores políticos, tanto do governo, como da oposição a uma atitude verdadeiramente democrática, que permita que o povo se expresse livremente nas eleições que vamos realizar no mês de novembro".

Em declarações a União Radio, o Cardeal indicou que "como em anteriores ocasiões em vésperas de processos eleitorais, esquenta-se muito o ambiente político e por isso queremos chamar a atenção sobre alguns aspectos a fim de que a participação; que é muito importante, de todos os venezuelanos se realize em um ambiente de calma, onde se respeitem os direitos das pessoas ou que se respeite a constituição e a pluralidade e onde haja uma atitude verdadeiramente propícia para que se realizem em paz, as próximas eleições".

Seguidamente explicou que o que o país necessita nestes momentos é "calma e prudência e um grande aspecto democrático, o respeito à constituição e o respeito às leis e o respeito às pessoas e o respeito à vontade popular, o respeito à justiça".

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Ao referir-se logo às leis aprovadas pelo governo via lei Habilitante, o Cardeal lembrou que o comunicado da CEV manifesta sua preocupação pelo "caráter estatizante de muitos artigos de algumas dessas leis, o qual parecesse contradizer um pouco a constituição, onde se afirmam os direitos das pessoas, o direito a dispor um dos bens, o direito a realizar as atividades que alguém cria conveniente realizar, da produção, no campo da economia, tudo o que tem que ver com a moradia, há uma série de artigos ali que lhe dão um poder imenso ao Estado, por cima da capacidade e os direitos dos cidadãos".

Finalmente comentou que o comunicado não tratou estes temas em detalhe porque isto fará parte do que será tratado na Assembléia da CEV em outubro.