Um porta-voz da Conferência Episcopal Equatoriana (CEE) precisou que os bispos não mudarão sua postura perante o projeto de Constituição que será submetido a referendum e esclareceu que a Igreja não intervém em temas políticos porém promove a defesa da vida.

O secretário geral adjunto da CEE, Padre Nicolás Dousdebés, declarou à estação televisiva Ecuavisa que os sacerdotes não infringem o acordo de convivência entre a Igreja e o Estado, mas lamentou que o Governo "criminalize" os critérios deste documento.

"Há um artigo no Modus Vivendi no que diz que os sacerdotes não devem intervir em política partidista, quer dizer, formar partidos políticos. Nós não formamos partidos políticos", precisou o sacerdote.

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Do mesmo modo, advertiu que "no país não se pode emitir critérios sem ser criminalizados, critérios que procuram simplesmente iluminar a consciência das pessoas de acordo à fé, eu sou uma pessoa que me conduzo mais pelos critérios profundos do que pelos superficiais".

Faz uns dias, a CEE ratificou que o projeto de nova Constituição atenta contra os princípios fundamentais da religião católica.

O Padre Dousdebés também recordou que a Igreja é competente para tratar temas como o aborto e o matrimônio de pessoas do mesmo sexo. "Ao ter incidência moral em vários dos artigos, suscita uma declaração da Igreja; se fossem temas econômicos não teríamos maior coisa a dizer. Não só é uma possibilidade, mas também temos uma obrigação de transmitir um critério orientador", adicionou.