A Conferência Episcopal de Nicarágua publicou uma exortação ante as atuais circunstâncias do país e as eleições municipais deste ano, em que adverte “sombras” que interpelam à sociedade nacional e respiram a participação responsável pelos leigos católicos na vida pública.
No texto, os bispos reconhecem a “indiferença cívica cidadã que se manifesta de uma maneira clara em uma falta de interesse pelas eleições” e lamentam o baixo “nível ético do discurso político, convertido em discurso enganoso, carregado de insulto, desqualificação do adversário e até calunioso”.
Do mesmo modo, consideram que “está deteriorando a estabilidade social e econômica do país o fato de que alguns dos que participam da vida pública, freqüentemente estão utilizando uma linguagem desqualificadora, violenta e conflitiva. Falta-se à responsabilidade social, ao crescimento econômico, à reconciliação e à paz se se promover a polarização da sociedade, a desconfiança no investimento estrangeiro, se acende o ódio de classes, a desqualificação, o exclusivismo e a repressão”.
“Estas sombras nos interpelam e queremos contribuir nossa reflexão crente da história”, indicaram e fizeram “um chamado para que abramos a um diálogo sincero que tenha como objeto comum enfrentar a crise mundial que nos fere mais do que a outros”.
Os bispos pediram aos cidadãos “persistir com seu voto” a pesar que “ocasionalmente no ambiente social se percebem dúvidas sobre a transparência no processo eleitoral”; por isso fizeram “um chamado ao sentido de responsabilidade dos leigos para que estejam presentes na vida pública”.
“Participar das eleições não só é um direito que como cidadãos nicaragüenses possuímos, é também uma obrigação com nosso município e com a nação. Não votar é já escolher, é conformar-se com aqueles que nos imponham. Fugir da responsabilidade do voto é renunciar à possibilidade de participar do desenvolvimento de nossos municípios”, indicaram.
Do mesmo modo, pediram aos membros do Conselho Eleitoral, “recuperar a credibilidade e devolver a confiança aos cidadãos”.
“É tempo de impor-se sobre as tentadoras propostas que surgem das sombras do mal para dobrar as vontades e tirar reluzir a qualidade moral que há no interior de cada um, o qual evitará emprestar-se ao jogo maquiavélico da manipulação. Abocamo-nos à consciência cristã que muitos de vós tens como um presente de Deus, para que se deixem conduzir por ela e não vivam posteriormente com o conflito interno por não ter feito o correto. Devolvamos a tranqüilidade a nosso povo criando um clima favorável”, adicionaram.

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