O Presidente do Colégio de Advogados Católicos (CAC), Armando Martínez, advertiu que instaurar a pena de morte constituiria um passo atrás em matéria de direitos humanos, e indicou que uma alternativa seria aprovar a cadeia perpétua.
Em declarações à imprensa, o advogado expressou a postura do CAC sobre a proposta de aprovar a pena capital para os seqüestradores. “Não vemos que a pena de morte iniba absolutamente a ninguém (de cometer delito). Teriamos que analisar o tema da cadeia perpétua. Se não for um tema que vulnere, poderíamos aceitá-la”, assinalou.
O presidente do CAC pôs como exemplo o caso dos Estados Unidos, onde apesar desta medida, “os crímes e a violência seguem sendo estratosféricos, pois crianças de 14 anos de idade massacraram a seus companheiros”.
Martínez indicou que “a pena de morte é a pena sobre a pena mesma, quer dizer, estaríamos indo ao que é a vingança e quando vamos terminar? Se você matar a um criminoso, vai haver um sentido de ódio e de vingança e vai ser uma cadeia de nunca acabar”.
Indicou que o que sim pode reduzir a criminalidade é a educação, quer dizer, construir uma sociedade onde se respeite o Estado de direito.