O coordenador nacional do Movimento Cristão Liberação (MCL), Oswaldo Payá Sardiñas, chamou aos cubanos que vivem fora da ilha a solidarizar-se com quem permanece dentro, e exigir o respeito de seus direitos humanos, porque ambos os grupos são parte da família cubana.
“O respeito do direito dos cubanos que vivem no exterior a vir a Cuba, por parte do governo do país onde vivam, não deve condicionar-se às mudanças em Cuba, pois isto seria redobrar o castigo à própria vítima. Mas os próprios cubanos que vivem fora de Cuba, devem ser solidários com seus irmãos e reclamar todos os direitos dos cubanos que vivemos aqui, pois assim estão reclamando os direitos próprios”, expressou.
Em um texto publicado no Jornal das Américas, Payá se referiu ao direito dos cubanos a entrar e sair da ilha livremente, sem as restrições impostas pelo Governo comunista.
Nesse sentido, disse que “se o medo os alcançar até lá fora e acreditarem que devem pagar com o preço do silêncio, ou o da complacência simulada, para que lhes permitam entrar como ‘visitantes’ a seu próprio país, então só contribuirão à prolongação da humilhação de todos”.
“Se não o considerarem assim –acrescentou–, olhem o passaporte com que saíram de Cuba e expliquem-se por que diz: ‘saída definitiva’”.
Nesse sentido, lembrou o projeto de lei de Reencontro Nacional apresentado pelo MCL à Assembléia Nacional do Poder Popular, e que tem, entre outros objetivos, reconhecer “a condição indiscutível de  cubanos de todos os exilados cubanos ou emigrantes por qualquer causa e de seus filhos e portanto todos seus direitos como cidadãos cubanos”.
“A lei proclama o fim da categoria de castigo ‘saída definitiva’, o fim das confiscos ou destituiçao das propriedades dos cubanos que emigrem a partir desse momento (…) Essa lei liquida também todas as humilhantes discriminações que sofremos os cubanos em nosso próprio país”.
Payá lembrou aos cubanos exilados que foi o Governo de Castro que não lhes reconheceu seus direitos e lhes impôs a condição de refugiados. Isto, indicou, afetou a muitas famílias, que “foram separadas e se mantêm separadas”.
Por isso, chamou a promover o Projeto Varela e a Lei de Reencontro Nacional (ou Projeto Heredia), porque ambos procuram fazer dos cubanos “homens e mulheres livres com todos os direitos”.
“Nós continuaremos daqui, lutando pelos direitos de todos, também os de nossa querida e inseparável família de cubanos da diáspora, que é a mesma família cubana, que é uma sozinha, como somos um só povo”, afirmou.
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