O Arcebispo de Madri e Presidente da Conferência Episcopal Espanhola (CEE), Cardeal Antonio María Rouco Varela, assinalou que a realização da próxima Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em Madri, chega “no momento justo” e “fará um grande bem a Espanha”.
Em declarações ao jornal italiano Avvenire, o Cardeal recordou que a Espanha atravessa por uma corrente “individualista e materialista”, mas também estão aparecendo novos movimentos muito dinâmicos dentro da vida da Igreja.
“A JMJ, de fato, é um instrumento excelente para incrementar a dimensão missionária da comunidade eclesiástica, sobre tudo para os jovens, e para ajudá-los a superar a visão materialista e hedonista da vida”, afirmou.
O Presidente da CEE esclareceu que a celebração da JMJ em Madri não é um desafio ao Governo do PSOE. Indicou que a primeira proposta para albergar a JMJ foi apresentada em 2002 “quando havia um Governo de outra cor política”.
“Aos bispos não lhes preocupa quem governa, enquanto fique assegurado o princípio da liberdade e se respeitem os direitos humanos”, assinalou.
O Cardeal Rouco disse que “é verdade que nestes anos se criou uma nova situação cultural na Espanha”, por isso, “a preparação e desenvolvimento de Madri 2011 será muito útil para refletir sobre as raízes cristãs do país e sobre o papel que a fé pode desenvolver para o presente e o futuro da nação, também do ponto de vista da educação dos jovens”.
O Arcebispo destacou que “são muitíssimos os jovens que permanecem fiéis à Igreja”. Disse que embora sejam uma minoria dentro da população global jovem, “o aspecto positivo é que, a diferença do passado, sua vida de fé é muito intensa”.