Em um comunicado, médicos do Equador lamentaram o retrocesso constitucional na defesa da vida humana que se estabeleceu no novo projeto de Carta Magna que substituiria a vigente atualmente; e que ainda deve submeter-se a referendum.
Depois de lembrar que "nos últimos anos, intensificou-se a pressão na América Latina para legalizar o aborto, sob o escudo de 'saúde sexual e reprodutiva' e 'direitos da mulher'", os médicos precisaram que isto também quer ser feito com a Constituição equatoriana.
"É lamentável que tenha se mudado o artigo 49 da Constituição ainda vigente, que exige claramente ao Estado assegurar e garantir o direito à vida da concepção", acrescentam e denunciam que "estamos perante um retrocesso constitucional da defesa do primeiro direito humano, o direito à vida da concepção".
Do mesmo modo, explicam, embora o mencionado artigo fala da defesa da "vida digna", "só se reconhece a vida sem precisar desde sua concepção, deixando desprotegido ao não nascido".
"Se ao anteriormente exposto, acrescentam-se os direitos sexuais e reprodutivos, que lhe dão potestade à mulher de quando e quantos filhos ter ou não ter, eliminando aos não desejados de acordo a sua conveniência, abrem-se as portas ao direito ao aborto", indicam.
O comunicado está assinado pelo Dr. José Miguel Páez Jorquera, Professor de Bioética e médico clínico; e o Dr. Mario Monteverde Rodríguez, Professor de Ética Médica e Orientador Familiar.