Ao comentar o recente nascimento de um bebê, cuja gestação se realizou fora do útero materno, um dos médicos presentes no parto, Waldemir Rezende, sublinhou que os extraordinários resultados obtidos na intervenção demonstram que sempre é possível encontrar na ciência as melhores possibilidades de cura para a mãe e o filho.
Recentemente a imprensa brasileira destacou o nascimento são e salvo do pequeno Valdir Gabriel e a recuperação de sua mãe, Maria Benedita, quem devido à complicação em sua gravidez pôde ter sido submetida a um aborto sob o suposto de risco de vida para a mãe.
Em entrevista concedida a ACI Prensa, o Dr. Rezende indicou que em casos como o apresentado (um em 40 mil gravidezes) “os riscos sempre existem e são grandes, mas a natureza é sábia e pode nos ajudar a procurar as soluções para os diversos problemas que encontramos pelo caminho”.
Adicionou que durante todo o processo Maria Benedita demonstrou confiança nos médicos que a atenderam desde sua chegada ao hospital e hoje está muito feliz com seu filho, porque isto sem dúvida é um milagre da vida e da ciência.
Ao ser perguntado sobre se a vida da Benedita esteve em risco durante todo o processo, o médico assinalou que “a pesar que nestas situações sempre pode haver risco de hemorragia ou perfuração do intestino, baço, estômago, infecção maternal e fetal, tudo saiu muito bem porque se calculou cada passo da intervenção”.
“Nós  realizamos uma ressonância magnética para identificar o lugar exato da placenta. depois desta análise percebemos que o lugar de implantação dos tecidos fetais não ia colocar à mãe nem ao feto sob risco de morte. É por isso que  o parto sem problemas foi programado para  a 32º semana de gestação (8 meses)”, concluiu.