O Conselho de Cardeais para o estudo dos problemas organizativos e econômicos da Santa Sé deram a conhecer nesta quarta-feira o balanço operativo da Santa Sé, que apresentou para o 2007 um déficit de mais de 9 milhões de euros.

O comitê, que se reuniu com o Secretário de estado, Cardeal Tarcisio Bertone, inclui os cardeais Roger Michael Mahony, de Los Angeles (Estados Unidos), Camillo Ruini, Vigário Emérito de Roma (Itália), Antônio Maria Rouco Varela, de Madri (Espanha), Anthony Olubunmi Okogie, de Lagos (Nigéria), Juan Luis Cipriani Thorne, de Lima (Peru), Edward Michael Egan, de Nova Iorque (Estados Unidos), Eusébio Oscar Scheid, do Rio de Janeiro (Brasil), Gaudêncio B. Rosales, de Manila (Filipinas) e Nicholas Cheong do Seúl (Coréia).

O comitê avaliou o balanço financeiro da Santa Sé, do Governo do Estado da Cidade do Vaticano, e as contribuições do Óbolo de São Pedro.

O balanço da Santa Sé –que inclui os gastos dos diversos dicastérios e departamentos do Vaticano– incluiu em 2007 ganhos por 236 milhões 737 mil e 207 euros e egressos por 245 milhões 805 mil e 167, com um déficit de 9 milhões 67 mil e 960 euros. O resultado contrasta com o superávit obtido nos três exercícios anteriores (2004, 2005 e 2006) que deixou um saldo positivo total de 15 milhões 206 mil e 587 euros.

A principal fonte do déficit da Santa Sé foram os custos operativos de Rádio Vaticano e o jornal L'Osservatore Romano, que implicaram um gasto de 14,6 milhões e euros.

Na Cúria Romana trabalham 2 mil e 748 pessoas (44 a mais do que em 2006) dos quais 778 são sacerdotes, 333 religiosos e mil e 637 leigos (deles, 425 mulheres).O Governo do Estado da Cidade do Vaticano registrou pelo contrário um saldo positivo de 6,7 milhões de euros, parte importante dos quais proveio dos Museus Vaticanos, que em 2007 registraram um incremento de visitantes.O Governo da Cidade do Vaticano conta com mil e 795 empregados (102 a mais do que em 2006), que implicam um custo de 62,3 milhões de euros.