O Arcebispo de Santa Cruz de la Sierra, Cardeal Júlio Terrazas Sandoval, assinalou que Deus pede dos homens misericórdia para com o próximo e não sacrifícios, que o reconheçam como Deus e não que lhe ofereçam holocaustos.

Durante a Missa dominical, o Cardeal assinalou que quando se esquece a Deus começam as brigas entre os povos, e quando se semeia "desconfianças, ódios e rancores, vão dando sinais às nossas crianças e jovens de que a vida é briga, é luta". Advertiu que o dinheiro, o prazer e o poder são ídolos, deuses que não libertam senão que "seguem escravizando às pessoas".

O Arcebispo afirmou que o desejo de Cristo "é que sua justiça brote como uma luz" que seja "realmente uma projeção de todo o divino para que o homem se levante, para que tenha confiança, para que saiba que não é um objeto manejável por qualquer um, porém é uma obra desse Pai que tanto nos ama e que sempre confia em que nós podemos chegar a conhecê-lo".

Por isso, chamou à conversão, que não se refere somente às coisas externas por muito bonitas que elas sejam, senão que é em realidade o conhecimento de Deus generoso e misericordioso que procura "a mudança do que está mais abandonado", a transformação do coração daqueles que realmente o buscam.

Finalmente, o Cardeal agradeceu a Deus por seus 30 anos de ordenação episcopal. Indicou que seu lema "Servidor de Todos" não é algo inventado, senão que foi tirado da palavra de Deus e ao qual estamos chamados a ser fiéis.