O Papa Bento XVI dedicou a meditação do Ângelus dominical à celebração do Sagrado Coração de Jesus que tradicionalmente marca todo o mês de junho, e lembrou que quando faz uma parada em  silêncio, com os sentidos da fé, o homem pode perceber “a presença de Cristo, coração do mundo”.

Perante 40 mil fiéis que chegaram à Praça de São Pedro para acompanhar a reza da oração Mariana, o Papa explicou que o Coração de Cristo é um “símbolo da fé cristã, particularmente amado tanto pelo povo como pelos místicos e os teólogos, pois expressa de uma maneira singela e autêntica a boa notícia do amor, resumindo em si o mistério da encarnação e da Redenção”.

O Santo Padre assinalou que a solenidade do Sagrado Coração do Jesus, é “terceira e última das festas que seguiram ao Tempo Pascal, depois da Santíssima Trindade e o Corpus Christi”.

“Esta sucessão faz pensar em um movimento para o centro: um movimento do espírito guiado Por Deus mesmo. Do horizonte infinito de seu amor, Deus quis ingressar nos limites da história e a condição humana, tomou um corpo e um coração, para que possamos contemplar e encontrar o infinito no finito”, adicionou.

O Papa assegurou que “toda pessoa necessita um centro para sua própria vida, um manancial de verdade e de bondade ao que recorrer ante a sucessão das diferentes situações e no cansaço da vida cotidiana”.

“Cada um de nós, quando se detém em silêncio, precisa sentir não só o palpitar de seu coração, mas também, de maneira mais profunda, o palpitar de uma presença confiável, que se pode perceber com os sentidos da fé e que, entretanto, é muito mais real: a presença de Cristo, coração do mundo”, assinalou.

Bento XVI convidou aos fiéis a “renovar no mês de junho sua própria devoção ao Coração de Cristo, valorando também a tradicional oração de oferecimento do dia e tendo presente as intenções que proponho a toda a Igreja”.

Do mesmo modo, explicou que “junto ao Sagrado Coração de Jesus, a liturgia nos convida a venerar o Coração Imaculado de Maria” a quem  pediu encomendar-se “com grande confiança”.

Finalmente, invocou “a materna intercessão da Virgem para as populações da China e Myanmar golpeadas por calamidades naturais e para todos aqueles que atravessam situações de dor, de enfermidades e de miséria material e espiritual que marcam o caminho da humanidade”.

Segundo dados oficiais, o número de vítimas mortais causadas pelo terremoto registrado no sudoeste do país em 12 de maio sobe a 69 mil  e os desaparecidos somam mais de 18 mil.

O ciclone que açoitou Myanmar causou mais de 134 mil mortos e desaparecidos e 2,5 milhões de danificados.