O Arcebispo Emérito do Argel, Dom Henri Teissier, solicitou ao governo de Argélia a liberdade da conversa ao cristianismo, Habiba Kouider, presa em 1 de abril sob a acusação de "praticar um culto não muçulmano sem autorização"; para quem o fiscal pediu três anos de cárcere a semana passada; informou Rádio Vaticano.

Encontrada com uma Bíblia e os Evangelhos, a conversa segue detida pelas autoridades. "Espero a liberação da Habiba Kouider dado que o juiz expressou sobre o assunto um critério distinto ao do fiscal", comentou o Prelado ao jornal El Kabar.

Por sua parte, o Presidente da Liga Argelina dos Direitos do Homem, Ghechir Boudjema, declarou a Radio France Internationale que Kouider não tem feito nada proibido. "É um bom julgamento porque (o juiz) considerou que os policiais e a fiscalia cometeram um engano ao conduzir a Habiba Kouider diante da justiça", disse; e explicou que na lei argelina não há nenhuma norma que sancione a uma pessoa por posse de livros sagrados como a Bíblia, ou o Corão.

De outro lado e também na mesma localidade do Tiaret, informa Rádio Vaticano, abriu-se um processo contra seis protestantes argelinos acusados de proselitismo e detidos à saída de uma casa aonde se reuniam para rezar, "por ter praticado um culto em um lugar não autorizado. Para eles se solicitou dois anos de cárcere".

Ante esta situação, o Ministro argelino de Assuntos Religiosos, Bouabdallah Gholamallah, qualificou o acionar dos evangélicos como "fora da lei" cujo objetivo é "constituir uma minoria (cristã) para favorecer a ingerência estrangeira nos assuntos internos de Argélia".