A associação espanhola E-Cristians propôs algumas razões para que o Institut d'Estudis Catalans (IEC), uma sorte de academia da língua, não prossiga em sua intenção de modificar a definição de matrimônio, instituição natural humana apoiada na união de um homem e uma mulher; para incluir nela às uniões homossexuais.

"A primeira objeção é a do caráter universal das definições. O matrimônio é entendido em todo mundo como a união de um homem e uma mulher", explica a associação cristã.

Como segunda razão explica que o catalão se fala em outros lugares além de Catalunha como Andorra, França e algumas diásporas na América Latina; por isso atentaria contra a definição de matrimônio nesses lugares aonde este se entende como a união natural entre um homem e uma mulher.

"Em terceiro lugar, a língua catalã não pode ficar condicionada pela legislação do estado espanhol. Se se introduzira no dicionário o conceito da legislação espanhola que permite chamar matrimônio à união de pessoas do mesmo sexo, estaria-se fechando o alcance de nossa língua à configuração de um só estado", prossegue E-Cristians e lembra deste modo que "a Real Academia da Língua Espanhola, que poderia assumir no que se refere ao castelhano esta atitude 'estadista', evitou com grande prudência fazê-lo, porque este idioma tampouco está limitado a um só estado".

Logo depois de precisar que "em nossa sociedade quando se fala de matrimônio se continua subentendendo a união de duas pessoas de diferente sexo", a associação ressalta que "os homossexuais são uma minoria que se situa entorno a 2-3% da população" e que "a propensão deste grupo ao matrimônio é muito baixa".

"Em quinto lugar, há uma razão etimológica: a raiz da palavra matrimônio designa necessariamente a presença da mulher vinculada à maternidade", remarca E-Cristians; por isso "resultaria incompreensível que um instituto da categoria científica do IEC desse prioridade a uma interpretação política do conceito por cima do sentido lingüístico e etimológico".