Neste sábado 17 de maio, o Papa Bento XVI colocará uma rosa de ouro no altar da cripta do Santuário da Virgem da Misericórdia em Savona, em ação de graças pela proteção da Mãe a seu predecessor Pio VII, encarcerado por Napoleão; e em agradecimento aos fiéis locais por sua lealdade a seus predecessores.
Conforme explica Dom Vittorio  Lupi, Bispo de Savona-Noli, a L'Osservatore Romano, o Santo Padre dentro de sua visita a Génova e Savona, "oferecerá à Virgem uma rosa de ouro, uma honra pouco comum, concedido aos santuários da Lourdes, Fátima, Loreto, Czestochowa; e que será entregue, um dia depois, também ao Santuário de Nossa Senhora da Guarda em Génova".
Depois de comentar que o Pontífice visitará também o lugar onde Pio VII foi encarcerado por Napoleão durante quase três anos, o Prelado indicou que "esta visita acontece quando se iniciou o processo de beatificação de Pio VII, este pequeno, grande homem, filho de São Bento, que, com humildade, mas com grande força moral e firmeza soube opor-se ao déspota que usava todas as técnicas psicológicas para rendê-lo à sua vontade".
"A visita está em continuidade com estes sucessos: é um gesto que reconhece em Savona o fato de ter sustentado ao Papa em um momento difícil e por havê-lo ajudado a cumprir sua missão incluso em condições proibitivas", disse Dom Lupi a LOR.
Depois da invasão de Napoleão Bonaparte a Itália, o Papa Pio VII foi encarcerado em Savona por quase três anos, durante os quais o Pontífice, surto da ordem dos beneditinos, implorava a ajuda da Virgem Maria.
Logo depois da derrota do imperador francês, Pio VII ficou livre e pôde voltar para Roma, onde, em meio de uma alegria geral entrou em 24 de maio de 1814. o Papa atribuiu aquela liberação própria e da Igreja inteira à proteção da Virgem e, em conseqüência, instituiu a festa litúrgica da Maria Auxiliadora.